domingo, 19 de fevereiro de 2012

Portela

Na primeira etapa da história da Portela, Paulo Benjamin de Oliveira foi quem conduziu os destinos da Escola, auxiliado por seus companheiros de samba, sendo os mais chegados Antônio Caetano e Antônio Rufino.
Em torno de sua liderança outros bambas se faziam presente como Manuel Gonçalves dos Santos (Manuel Bam Bam Bam), Ernâni Alvarenga, Alcides Dias Lopes (Alcides, malandro histórico), Nélson Amorim, João da Gente, Chico Santana, Alberto Lonato, Cláudio Bernardes, Osvaldo dos Santos (Alvaiade) e etc.
Natal conduziu a segunda etapa da história da Portela, rica em acontecimentos, foi o responsável por uma odisséia da Escola azul e branco na evolução das Escolas de Samba do Rio de Janeiro.
Oswaldo Cruz, subúrbio da Central do Brasil, na década de 20 ainda cheirava a roça, com imensas chácaras em meio a ruas de barro com valões, por onde pessoas transitavam entre vacarias e currais, a pé ou a cavalo. O bairro era uma espécie de cidade do interior, atrasado, habitado por pessoas humildes que moravam em cortiços, e operários que, de madrugada, apanhavam o trem para deslocar-se até seu trabalho. Quase que uma cidadezinha-dormitório do Rio de Janeiro.
Originário da freguesia de Irajá, um espaço rural extenso que no século XVI resultaria em vários bairros – entre eles, além de Oswaldo Cruz, Bento Ribeiro, Marechal Hermes e Madureira, e também Penha, Irajá e Campinho – Oswaldo Cruz surgiu da Fazenda do Portela, terras pertencentes ao português Miguel Gonçalves Portela, o velho, dono de um engenho de cana de açúcar (Engenho do Portela, localizado no vale do rio das pedras).
As terras do Portela ficavam vizinhas às propriedades de Lourenço Madureira, que posteriormente se transformaram no bairro Madureira. No dia 17 de abril de 1898 foi inaugurada a Estação de Rio das Pedras, que em 1904 ganhou o nome de Oswaldo Cruz – homenagem do prefeito Pereira Passos ao grande sanitarista que exterminou a febre amarela no Rio de Janeiro.
Do lado esquerdo da estação de Oswaldo Cruz, para quem vem da Central do Brasil, existia um matagal que servia de pasto para o gado que desembarcava ali e se dirigia para o matadouro da Penha.
Originalmente, os habitantes de Oswaldo Cruz eram negros vindos do Congo e de Angola, que com seus hábitos, costumes e culturas preparavam o terreno para o surgimento das Escolas de Samba.
A partir da década de 20, Oswaldo Cruz começou a receber também pessoas da classe média em busca de habitações mais baratas, entre elas as famílias de D. Ester Maria de Jesus, de Napoleão José do Nascimento e de Paulo Benjamin de Oliveira. Estas famílias formariam o núcleo que originou a Portela.
*Fonte: site oficial da escola

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