"Abram alas, deixa a Portela passar". Em 1995, eu ainda muito protestante impedido de ver os desfiles pela tv, pude de manha, Assim como no ano posterior 1996, ( 1997 foi o primeiro ano que fui liberado pra assistir na íntegra) ao acordar, assistir ao meu primeiro de uma escola de samba. Era de manhã, era a eterna Portela, emocionantemente falando sobre o carnaval, na voz de Rixxa, eu vi pela primeira vez em sã conciência, um carro alegorico: era a Àguia da Portela.
O carnaval de cordão, foi retrado, Zé Pereira, o fundador do carnaval moderno, foi cantado, tudo com um ritmo muito doce, no tempo certo, o tempo de sambar, era de manha, a 8ª escola a desfilar na primeira noite de carnaval, uma empolgação digna do tema apresentado.
"Deixa falar deixou no tempo a nostalgia", é por esses e outros trechos que fizeram desse desfile inesquecível e o samba um dos melhores já cantados no carnaval onde desde o Bal masqué foi retratado, passando os Autores como Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, e trechos de sambas que eu nem conheci ainda desses sambistas históricos.
E a Portela não é brincadeira, gosto que me enrosco era o título do mais inesquecivel carnaval portelense da nova era do sambodromo. ARRASOU só faltou o titulo!
Do bonde ficou a saudade do luxo das Sociedades, onde a França e os carnavais venezianos foram retratados dentre os diversos tipos de manifestações culturais brasileiras.
E pra terminar, o samba e a letra desse ano inesquecivel. UmaComposição de Noca da Portela, Colombo e Gelson, na voz de Rixxa e Carlinhos de Pilares.
É carnaval
O Rio abre as portas pra folia
É tempo de sambar
Mostrar ao mundo a nossa alegria
Veio bailando pelo mar
E de lá pra cá nasceu essa magia
Samba, que me faz feliz
Em sua raiz tem arte e poesia
Bate o bumbo, lá vem Zé Pereira
E faz Madureira de novo sonhar
A Portela não é brincadeira
Sacode a poeira, faz o povo delirar
Gosto que me enrosco de você, amor
Me joga seu perfume, hoje eu tô que tô
Praça Onze, berço das nossas fantasias
Deixa Falar deixou no peito a nostalgia
Dos ranchos, blocos e cordões
Dos mascarados nos salões
Pierrot beijando a Colombina
Chuva de confete e serpentina
Dos bondes ficou a saudade
Ah! Que saudade do luxo das Sociedades
Abram alas, deixa a Portela passar
É voz que não se cala
É canto de alegria no ar
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