sábado, 18 de dezembro de 2010

Abram alas... Eterna Portela

"Abram alas, deixa a Portela passar". Em 1995, eu ainda muito protestante impedido de ver os desfiles pela tv, pude de manha, Assim como no ano posterior 1996, ( 1997 foi o primeiro ano que fui liberado pra assistir na íntegra) ao acordar, assistir ao meu primeiro de uma escola de samba. Era de manhã, era a eterna Portela, emocionantemente falando sobre o carnaval, na voz de Rixxa, eu vi pela primeira vez em sã conciência, um carro alegorico: era a Àguia da Portela.
O carnaval de cordão, foi retrado, Zé Pereira, o fundador do carnaval moderno,  foi cantado,  tudo com um ritmo muito doce, no tempo certo, o tempo de sambar,  era de manha, a 8ª escola a desfilar na primeira noite de carnaval,  uma empolgação digna do tema apresentado.

"Deixa falar deixou no tempo a nostalgia", é por esses e outros trechos que fizeram desse desfile inesquecível e o samba um dos melhores já cantados no carnaval  onde desde o Bal masqué foi retratado, passando os Autores como Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, e trechos de sambas que eu nem conheci ainda desses sambistas históricos.

E a Portela não é brincadeira, gosto que me enrosco era o título do mais inesquecivel carnaval portelense da nova era do sambodromo. ARRASOU só faltou o titulo!



                Do bonde ficou a saudade do luxo das Sociedades, onde a França e os carnavais venezianos foram retratados dentre os diversos tipos de manifestações culturais brasileiras.


         E pra terminar, o samba e a letra desse ano inesquecivel. Uma Composição de Noca da Portela, Colombo e Gelson, na voz de Rixxa e Carlinhos de Pilares.














É carnaval
O Rio abre as portas pra folia
É tempo de sambar
Mostrar ao mundo a nossa alegria

Veio bailando pelo mar
E de lá pra cá nasceu essa magia
Samba, que me faz feliz
Em sua raiz tem arte e poesia

Bate o bumbo, lá vem Zé Pereira
E faz Madureira de novo sonhar
A Portela não é brincadeira
Sacode a poeira, faz o povo delirar

Gosto que me enrosco de você, amor
Me joga seu perfume, hoje eu tô que tô

Praça Onze, berço das nossas fantasias
Deixa Falar deixou no peito a nostalgia
Dos ranchos, blocos e cordões
Dos mascarados nos salões
Pierrot beijando a Colombina
Chuva de confete e serpentina
Dos bondes ficou a saudade
Ah! Que saudade do luxo das Sociedades

Abram alas, deixa a Portela passar
É voz que não se cala
É canto de alegria no ar

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